Deus Interior

Às vezes não conseguimos ter uma ideia exata daquilo que representamos para outras pessoas ou de como elas nos veem porquê estamos tão comprometidos com a auto-imagem que criamos os nossos próprios mundos, tentando viver neles e aceitando todos os tipos de fantasias que o meio externo é capaz de fornecer.

Neste momento, nos sentimos incapazes de encarar a realidade como ela se apresenta, considerando que podemos minimizar ou diminuir a dor e a angústia de uma vida insatisfatória através de “bengalas” que acabam se tornando parte integrante de nossas vidas. Álcool e drogas são apenas alguns exemplos, mas pode ser sua mãe ou seu trabalho, o jogo de cartas ou o consumismo desenfreado – escolha, o leque é bem amplo. Em virtude desta nossa inabilidade de bem viver, elas se transformam rapidamente, passando de nossos “melhores amigos” nos inimigos mais cruéis que poderíamos imaginar. Da mesma forma que nos deram muitas alegrias e a coragem de tomar certas decisões, estas bengalas também nos entristecem e retiram a liberdade de viver e de apreciar as coisas belas desta existência.

Assim como levamos muito tempo construindo o nosso doentio estilo de vida, também levamos algum tempo para recuperar as coisas que foram perdidas. É nessa importante fase de reavaliação de nossos valores que redescobrimos a coisa mais importante e talvez a única que realmente vale a pena, o nosso Deus interior – aquele que desde que nascemos vem tomando conta de nós. Mas como podemos acreditar nele, uma vez que ele deixou que tantas coisas más ocorressem conosco? A resposta é simples: colhemos aquilo que plantamos e é exatamente por isso que devemos estar atentos ao dia de hoje. O dia de hoje é o primeiro dia do resto de nossas vidas e por isso o dia mais importante, porque é ele a primeira pedra de nosso alicerce. Daqui para cima, será a base de nossa construção interior, de quem seremos amanhã.

Esta jornada é trilhada individualmente, temos que aprender a conviver com nossos defeitos sem precisar de nenhuma fuga que não para dentro, tendo como destino a autocrítica e o autoaperfeiçoamento. Não viemos ao mundo para ser anjos ou perfeitos, isso não é para nós.

Viemos apenas para ser felizes e verdadeiros.

Quebre sua casca e saia para a plenitude de sua vida!

Caho Lopes
Fevereiro de 2006

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